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Governo demite chefe da inteligência da Receita Federal

Foi a primeira exoneração após troca no comando do órgão; Ricardo Feitosa foi demitido do cargo de coordenador geral de Pesquisa e Investigação
 
A Receita Federal teve a primeira baixa no alto escalão desde a troca de comando no órgão. O auditor-fiscal Ricardo Pereira Feitosa foi demitido do cargo de Coordenador-Geral de Pesquisa e Investigação (Copei).
 
A exoneração foi publicada nesta quarta-feira no Diário Oficial da União, em portaria assinada pelo subsecretário-geral do Fisco , José de Assis Ferraz Neto.
 
Técnicos da Receita vinham pressionando pela saída de Feitosa há meses. O auditor é visto por colegas como um nome ligado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, um dos principais críticos à atuação da área de fiscalização do órgão. O Copei ficou cerca de quatro meses no cargo.
 
No início do ano, o vazamento de uma análise preliminar da Receita com informações do ministro Gilmar Mendes gerou uma crise institucional envolvendo o órgão e autoridades dos Três Poderes.
 
A indicação de Feitosa ocorreu após esse episódio. Responsável por 10 Escritórios Regionais de Inteligência, a Copei foi um dos principais responsáveis pelo sucesso da Operação Lava-Jato.
 
A chegada do técnico ao cargo causou polêmica entre colegas desde o início. Feitosa é ex-militar do Exército e, antes de ir para o Copei, estava lotado na  Delegacia da Receita  Federal do Brasil em Cuiabá (MT). Até então, nunca havia atuado na área de Inteligência.
 
A demissão de Feitosa ocorre após uma dupla troca no comando da Receita. Em agosto, o então secretário especial da Receita, Marcos Cintra , demitiu seu subsecretário-geral, número 2 no comando do órgão, João Paulo Fachada, que foi substituído por Ferraz Neto.
 
Três semanas depois, o próprio Cintra foi destituído. O auditor fiscal aposentado José Tostes foi indicado para chefiar a  Receita. 
 
Na segunda-feira, em entrevista à rádio Jovem Pan, o ministro da Economia, Paulo Guedes , disse que queria promover uma “renovação no espírito” da Receita, ao citar a crise institucional envolvendo o órgão e autoridades.
 
"Nós estamos dispostos a fazer uma renovação no espírito da Receita. Nós não queremos uma Receita Federal abusiva, que se exceda, envolvida em tumultos políticos. A Receita Federal virou uma fronteira de disputa", disse Guedes à emissora.
 

Fonte: Brasil Econômico

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