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A melhor prescrição médica é aquela que é seguida à risca

Sabe qual é o melhor remédio que já criaram? Aquele tomado de acordo com a prescrição médica e que é armazenado de forma correta, longe do calor ou frio excessivos.
 
Parece uma receita básica, certo? Mas, para 50% dos cardiopatas ou pessoas com fatores de risco cardiovascular (como colesterol elevado, hipertensão arterial e diabetes) em tratamento de longo prazo nos países desenvolvidos, essa adesão não acontece.
 
Durante a pandemia de Covid-19, é provável que a não manutenção da medicação de uso continuo tenha chegado a níveis ainda mais alarmantes.
 
Na maioria das vezes, as doenças são assintomáticas, e isso contribui para a negligência dos pacientes, que deveriam se manter medicados e cultivar uma vida mais saudável – até por conta do perigo iminente representado pela falta de utilização dos remédios.
 
Aliás, a ausência de um “aviso prévio” das doenças cardiovasculares deveria ser encarada com mais seriedade pelas pessoas. Afinal, depois que a bomba explode no formato de um infarto agudo do miocárdio ou um derrame, por exemplo, não há como correr mais atrás do prejuízo.
 
Não custa frisar que as doenças cardíacas são líderes de mortes no Brasil. Dados da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) mostram que elas respondem por 29% do total de óbitos do país. As cardiopatias matam duas vezes mais que todos os tipos de câncer e 2,5 vezes mais que acidentes e mortes decorrentes de violência.
 
O Estudo Epidemiológico de Informações da Comunidade (EPICO), da Socesp, constatou o seguinte: mais de 9 mil pacientes de ambos os gêneros das unidades básicas de saúde de 32 cidades paulistas não controlam adequadamente os principais fatores de risco para as doenças do coração (reforçando: falamos de colesterol elevado, hipertensão e diabetes).
 
No caso do colesterol, analisando isoladamente, o gerenciamento era feito por apenas 16% dos indivíduos. Somente 25% apresentavam valores de glicemia dentro das metas preconizadas. E 48% dos indivíduos participantes não tinha controle sobre a pressão arterial.
 
Segundo a pesquisa da Socesp, a negligência começa logo na saída do consultório: a cada três receitas prescritas por cardiologistas, pelo menos uma é deixada de lado. Como a maioria dos medicamentos para controle é distribuída gratuitamente, o custo não entraria como justificativa.
 
Já a falta de esclarecimento sobre a gravidade do quadro, o tempo reduzido de consultas (que contribui para uma má compreensão do problema) e a não continuidade de atendimento com o mesmo profissional – principalmente na rede pública –, dificultam a relação médico-paciente. Isso impede que se estabeleça a confiança necessária para seguir a recomendação médica.
 
Lugar de medicamento é na embalagem original
Outra negligência frequentemente cometida com os medicamentos é retirá-los das embalagens originais, transferindo-os para caixinhas ou outros porta-comprimidos vendidos em farmácias.
 
Muitas vezes, a intenção até é boa: estabelecer uma logística para tomá-los na hora correta, evitando esquecimentos, principalmente no caso de pessoas idosas. De qualquer forma, retirar os remédios de suas cartelas não é uma boa ideia.
 
Isso porque, ao serem expostas, as drágeas entram em contato com umidade, luz e ar. Assim, o medicamento pode estragar, diminuindo sua validade e a efetividade do tratamento.
 
Além disso, o risco de perdermos o controle das datas de validade é maior. Outro perigo é propiciar uma confusão ao colocá-los juntos, uma vez que a maioria dos comprimidos é parecida – tanto em termos de formato como cor. A mistura aumenta a probabilidade de serem ingeridos erroneamente.
 
Dois passos para evitar riscos
É uma dicotomia do bem: para doenças tão graves e fatais como as cardiovasculares, os dois primeiros passos no sentido de cura ou controle são simples.
 
O pontapé inicial é o diagnóstico. Adquirir hábitos como consultar um médico periodicamente, medir a pressão arterial e fazer exames laboratoriais para saber se há risco de estar com diabetes ou colesterol elevado, por exemplo, já afasta consideravelmente o paciente da zona de perigo.
 
Quando esses exames revelam que há a necessidade de mudar hábitos de vida, sendo necessária a utilização de remédios de uso contínuo, é importante saber que seguir as orientações à risca fará a diferença entre manter-se saudável ou brincar com a vida.
 
Quanto antes os tratamentos são iniciados, mais longe ficamos das estatísticas negativas em relação às doenças do coração. Viva mais e melhor!

Fonte: Veja Saúde

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