
Auditoras em foco: DS Curitiba homenageia mulheres
No Dia Internacional da Mulher, entrevistamos duas Auditoras-Fiscais da RFB para falar sobre os desafios da vida e da profissão
Quando uma mulher chega ao mundo, está destinada a passar por vários desafios na sua vida e carreira. Passar em um concurso federal da dimensão da Receita Federal do Brasil é um dos maiores enfrentados por Dione Jesabel Wasilewski e Betina Krieger, nesta matéria representando todas as Auditoras-Fiscais da Delegacia Sindical em Curitiba (DS Curitiba).
Entrevista Dione Jesabel Wasilewski

Já são 24 anos de Receita Federal, dos quais 22 anos como Auditora-Fiscal. “A RFB constitui uma instituição em que as mulheres podem demonstrar toda a sua potencialidade e disputar espaço com igualdade de condições. Por outro lado, o olhar feminino, com todas as suas peculiaridades, contribui para que o ambiente se torne mais plural e mais permeável à diversidade”, pontua a entrevistada.
Em 1995, Dione passou em um processo seletivo da Price Waterhouse e começou a aprender o direito tributário na prática. Por gostar do trabalho que estava desenvolvendo na iniciativa privada e sem esperar o longo período que demandaria a ascensão na carreira, optou pelo concurso público. Dada a sua experiência profissional, a Receita Federal do Brasil era a opção mais lógica.
Por isso, fez inicialmente o concurso para técnico do tesouro nacional, em 1997, quando ainda estava concluindo a graduação, e de Auditor-Fiscal no ano seguinte, em 1998. “Certamente, foi uma grande emoção e um alívio passar em um concurso dessa dimensão. Mas também foi um grande desafio, já que integraria uma carreira muito conceituada pelo seu profissionalismo e capacidade técnica”, analisa Dione.
Entrevista Betina Krieger

Hoje Auditora-Fiscal aposentada, decidiu na época prestar concurso após o seu filho menor fazer três anos. “Achei que ele já estava grande e que eu poderia me preocupar comigo para que pudéssemos melhorar de vida. Viver mais tranquilos. O principal desafio, certamente, foi passar no concurso e depois ficar longe dos meninos para trabalhar”, analisa Betina.
Para passar no concurso, Betina saia de casa e ia estudar no 'farol do saber' para poder se concentrar. Quando chegou perto da data do concurso, tirou suas férias e as sacrificou estudando. A disciplina era bem rígida e ela planejou quantos dias se dedicaria a cada matéria. Depois, seguiu rigidamente o planejamento e passou no concurso.
“No dia do concurso fiquei doente, com traqueobronquite. Não consegui dormir do sábado para o domingo, pois somente respirava sentada. Fui fazer a prova cansada, o que me atrapalhou em matemática financeira e estatística. Sobrou meia hora para a prova de inglês, informática e 10 questões de português para as quais não deu tempo e preenchi com a letra 'A'. Não acertei nenhuma dessas”, relembra.
“Temos a mesma importância dos nossos pares homens. Mantemos o Estado brasileiro, pois sabemos que se não houver fiscalização é muito mais cômodo para as empresas e pessoas físicas sonegarem as suas obrigações. Na minha visão, a importância do Auditor-Fiscal está justamente em oferecer a possibilidade dessas pessoas serem fiscalizadas e terem que arcar com um valor muito difícil de ser pago. Assim, criamos uma cultura de que cumprir com suas obrigações tributárias é muito melhor”, pontua.
Auditora-Fiscal, a Delegacia Sindical em Curitiba deixa essa singela homenagem pelas suas conquistas, pela luta diária, por sua força e por ser você. Feliz dia da mulher!
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