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Receita Federal apreende 935 kg de cocaína no porto de Santos e bate recorde anual

 A Receita Federal apreendeu nesta terça-feira (21) 935 quilos de cocaína escondidos em uma carga de proteína de soja no Porto de Santos (litoral de São Paulo). Em 2017, o órgão encontrou mais de 11,5 toneladas da droga escondidas em contêineres que seguiriam para a Europa. Essa é a maior quantidade de cocaína apreendida em um só ano no porto paulista.
 
A contagem oficial das apreensões de cocaína no porto de Santos é feita desde 2013. O recorde anterior era o do ano de 2016, quando 10,6 toneladas de cocaína foram apreendidas em 22 operações.
 
A Receita Federal disse que a apreensão de cocaína desta terça-feira foi possível graças a um trabalho de inteligência que envolve gerenciamento e análise de risco e à atuação de um cão farejador. A droga estava misturada em uma grande quantidade de farelo de soja distribuída em dois contêineres. Ela seguiria para o porto de Algeciras, na Espanha.
 
Especialistas dizem acreditar que o volume de drogas apreendidas nos portos represente apenas uma parte da quantidade total da cocaína que é traficada do Brasil para a Europa anualmente. Não é possível estimar qual seria o volume total movimentado pelos traficantes.
 
Mas esse crescimento de apreensões é um indício do aumento do movimento da rota internacional que leva cocaína de países andinos (especialmente Bolívia, Colômbia e Peru) para a Europa através de portos marítimos brasileiros, segundo fontes da Receita Federal e da Polícia Federal.
 
Conheça a rota marítima da cocaína
 
A droga é levada dos países produtores para o Paraguai e depois entra no Brasil de duas maneiras: pelas fronteiras terrestres no Mato Grosso do Sul e no Paraná e em pequenos aviões. Ela então é enviada para portos especialmente no Sudeste e no Sul, de onde segue de navio para a Europa.
 
Essa modalidade de tráfico vem ganhando força nos últimos anos porque permite aos criminosos enviar maior quantidade de cocaína em relação do que seria possível por meio de pessoas aliciadas para embarcar com a droga em aviões, segundo o procurador do Ministério Público Márcio Christino.
 
A Polícia Federal e a Receita Federal dizem acreditar que a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) seja responsável pela parte sul-americana da rota marítima da cocaína para a Europa. O desembarque em portos estrangeiros e a distribuição seriam atribuição de quadrilhas italianas e da região dos Bálcãs.

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