O movimento Reforma Tributária Solidária ganhou fôlego em todo o país, especialmente após o Fórum Internacional Tributário que ocorreu no início desse mês em São Paulo.

O Fórum Internacional Tributário (FIT) foi um evento que reuniu economistas e pesquisadores de 14 países com o objetivo de discutir os sistemas tributários mundo afora e como eles podem ser exemplos para a possível Reforma Tributária no Brasil. Durante o evento também foi exposto o projeto “Reforma Tributária Solidária: Menos Desigualdade, Mais Brasil”, que propõe direcionamentos para um novo sistema tributário no Brasil.

Como decorrência da visibilidade que teve o FIT, na última terça-feira, dia 12, o projeto foi apresentado no Senado Federal em uma audiência pública requerida pelo senador Garibaldi Filho (MDB/RN), que contou com a participação também dos senadores Eduardo Braga (PMDB/AM), Lindbergh Faria (PT/RJ) e Fátima Bezerra (PT/RN).

No debate, estavam presentes o secretário da Receita Federal do Brasil, Jorge Rachid e o coordenador técnico e também professor de Economia da Unicamp, Eduardo Fagnani. Além de representantes da Confederação Nacional da Indústria e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).

A viabilidade econômica da Reforma Tributária Solidária foi o principal foco da discussão, mas o economista Eduardo Fagnani aproveitou a ocasião para falar do livro do Projeto, “Reforma Tributária Necessária: Diagnósticos e Premissas”, que foi muito elogiado, especialmente pelo diretor da Instituição Fiscal Independente, Rodrigo Orair: “Uma contribuição equilibrada no debate sobre a Reforma Tributária no Brasil”.

Em um encontro na manhã desta sexta-feira (15), os objetivos da Reforma Tributária Solidária também foram apresentados ao presidente do Conselho Federal de Economia (Cofecon), Wellington Leonardo da Silva que destacou a importância desse trabalho e garantiu apoio ao movimento. “Será enviado um exemplar do livro para cada conselho regional. Incentivaremos fortemente a realização de reuniões e seminários para discussão dos assuntos abordados”, disse em entrevista à Anfip.

Outras reuniões como essas estão sendo articuladas com inúmeras entidades a fim de fomentar o debate e salientar a importância de parcerias na defesa de um sistema tributário mais justo e regular no Brasil. Uma segunda audiência pública que terá como foco o aumento da tributação para as altas rendar e a diminuição dos impostos sobre o consumo já está marcada para o próximo dia 21 na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa-CDH do Senado Federal.

A DS Curitiba já é parceira e apoiadora do movimento Reforma Tributária Solidária e acredita que o ano eleitoral é um momento bastante propício para falarmos sobre desigualdade e solidariedade.